O desejo de agradar outros.
Deus criou o homem como um ser adorador. Contudo, o homem corrompeu essa adoração devida a Deus. Em vez de adorar e temer a Deus o homem passou a adorar e temer aos ídolos. Isto porque o homem pode facilmente cruzar a linha da adoração devida a Deus e enveredar-se pela adoração a objetos, coisas, natureza, animais ou mesmo pessoas.
No livro O Desejo de Agradar Outros – Livrando-se da Armadilha, Lou Priolo se detém nesse último aspecto da corrupção da adoração, isto é, temer pessoas. Ele enfatiza que o temor aos homens tem muitas facetas e desenvolve de maneira habilidosa um vigoroso argumento para evidenciar que, porque corrompemos o temor e a adoração devidos exclusivamente a Deus, podemos sofrer com um temor que ilude, engana, distorce, subverte e paralisa – o temor aos homens.
O que a bíblia diz sobre isso?
Gálatas 1:10 diz: “Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo.” De acordo com esse versículo, não podemos consistentemente agradar a Deus e ao mundo ao mesmo tempo. O desejo de popularidade está enraizado em nossa velha natureza pecaminosa. Quando nos entregamos a ele, estamos vivendo “segundo a carne” (Romanos 8:5, 12). Até mesmo líderes cristãos podem ser vítimas desse desejo sedutor. Mestres ou pregadores que se intoxicam com sua própria popularidade estão em risco. Sem controle, o desejo de ser popular pode levá-los a se focalizarem em agradar aos homens, ensinar heresias (2 Pedro 2:1) e projetar seus ministérios para agradar a maioria das pessoas (2 Timóteo 4:3), em vez de permanecer fiel a “todo o desígnio de Deus” (Atos 20:27).
Jesus é o nosso modelo. Ele era um favorito tanto a Deus quanto ao homem enquanto crescia (Lucas 2:52). No entanto, nunca houve uma disputa em Sua mente sobre qual dos dois Ele escolheria, já que repetidamente provou isso (João 8:29; Marcos 1:11). Ele não deixou a popularidade temporária influenciá-lo ou dissuadi-lo de Seu propósito (João 6:15). Ele nunca se esquivou das verdades difíceis, mesmo que significasse rejeição (João 6:66), ameaças (João 11: 53–54) e, eventualmente, morte (João 19:16).
Jesus nos dá um exemplo perfeito da maneira como Ele quer que nos relacionemos com os outros. Nós não estamos aqui para fazer um nome para nós mesmos. Estamos aqui em missão de nosso Pai Celestial (Atos 1:8; Mateus 28:19). As pessoas podem nos amar ou nos odiar, mas nosso compromisso com nosso propósito nunca deve vacilar (Hebreus 12:1–3). Quando escolhemos permitir que Deus defina nosso valor em vez de outras pessoas, somos livres para seguir tudo o que Jesus nos chama a fazer. Ele sabia que seria difícil, mas nos deu o melhor conselho quando disse: “Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus…” (Mateus 5:11–12).